Muitos acham que o “Castelo Simões Lopes”, localizado na entrada da cidade de Pelotas, pertenceu ao escritor João Simões Lopes Neto, mas, na verdade, a referida construção foi feita em 1922 pelo tio do escritor pelotense, Dr. Augusto Simões Lopes. No entanto, consta em documento garimpado em cartório, pelo simoneano Mogar Xavier, que o palacete, erguido na antiga rua Paissandu e atual rua Santa Tecla, pertenceu, sim, a João Simões Lopes Neto. O documento trata da compra, em 1896, e venda, em 1897, embora não haja comprovações de que o escritor tenha vivido no local.
O prédio tem história. Por ele já passaram dois Presidentes da República, Washington Luís e Getúlio Vargas, além de ter sido a principal tribuna política do Sul. Foi adquirido em 1991 pela Prefeitura de Pelotas e sediou entidades culturais, como: IHGPel – Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas -, Academia Sul-Brasileira de Letras, Centro Literário Pelotense, 26ª Região do Movimento Tradicionalista Gaúcho e Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra. No ano de 2000 foi disponibilizado ao uso da Secretaria da Saúde para sediar o Centro de Atenção Psicossocial do bairro Simões Lopes.
Local que um dia abrigou famílias, serviu à comunidade, teve os cômodos recheados por móveis e uma arquitetura de causar suspiros, obra do arquiteto suíço Fernando Rullman, hoje serve como local de vandalismo e abrigo de mendigos, em um triste cenário de descaso e abandono.
Neste ano, mais precisamente em 8 de março, foi assinada a portaria para tombamento do Castelo de Simões. Entretanto, o que vemos não é nenhum tipo de mudança, mas, sim, a história da cidade sendo esquecida pelo tempo e pelas novas gerações.
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Texto: Paula Moran
Foto: Google Imagens