Instituto João Simões Lopes Neto
O empresário

O empresário

Durante alguns anos os figurões da Praça do Comércio de Pelotas acreditaram no futuro de João Simões Lopes Neto. Também, não seria para menos: ele frequentava os meios econômico-financeiros da cidade sempre planejando bons negócios, idealizando obras de vulto, sonhando como novas empresas. Apontavam-no então como o tipo do moço sério e ambicioso, que tinha de quem puxar, prometia, iria longe, seria um dos seus. Não tardaram a abrir-lhes largos créditos de confiança, prontos para recebe-lo no seio de Abraão das classes conservadoras.

As más línguas diriam futuramente que ele jamais fora levado a sério pelos seus contemporâneos, assim englobando os diversos segmentos da sociedade pelotense em que o Capitão João Simões, homem de múltiplas atividades, tiveram larga e destacada atuação. Nada mais infundado, nos termos em que tais afirmativas têm sido colocadas. Agora se disseram que, a partir de um dado momento, ele passou a ser apontado, por aqueles mesmos homens de negócio, não mais como futuroso comerciante ou industrial, mas como um visionário, um “poeta”, nada se poderia objetar, pois foi o que realmente aconteceria.

Texto de Carlos Reverbel do livro Um Capitão da Guarda Nacional (1981).

Propaganda do Café Cruzeiro. Os jornais publicavam também versos enaltecedores da marca: Um bom café, sem mistura, Quereis ter, o dia inteiro? Pois tendes dele em procura. Ir tão somente ao – Cruzeiro. Fonte e acervo Fausto J. L. Domingues.

Anúncio de Fumos e Cigarros da Marca Diabo. Acervo Instituto João Simões Lopes Neto.

Tabacina – Anúncio. Acervo Fausto J. L. Domingues.

Anúncio dos serviços de Notário, função desempenhada por João Simões Lopes Neto. Fonte e acervo Fausto J. L. Domingues.

Desenhos, mapas e croquis. Documentação técnica e processos de licenciamento para implantação de uma empresa de pesca, com ampla abrangência na orla sul do estado e utilização de recursos marítimos, fluviais e lacustres. Acervo Fausto J. L. Domingues.