Poucos notaram, mas semana passada, no dia 14 de junho, completou-se 96 anos da morte do maior escritor regionalista do Rio Grande do Sul.
João Simões Lopes Neto sempre foi um homem de muitas ideias. Em Pelotas, sua terra natal, montou uma fábrica de vinhos, outra de cigarros – denominada Marca Diabo –, também criou uma firma de moer e torrar café, o café Cruzeiro, e inventou uma fórmula à base de tabaco para combater sarnas e carrapato, a Tabacina. Não satisfeito, fundou a Empresa de Mineração do Taió, que tinha como objetivo explorar as minas de prata de Santa Catarina. Porém, todo o esforço empresarial de J Simões Lopes Neto não vingou e suas empresas nunca deram certo.
Trabalhando com as palavras, João Simões Lopes Neto escreveu peças de teatro e colunas em diferentes jornais, além de ter sido um cidadão muito ativo, criando, por exemplo, a Sociedade Protetora dos Animais e o Clube Ciclista. Em sua vida lançou três livros: Cancioneiro Guasca (1910), Contos Gauchescos (1912) e Lendas do Sul (1913). Entretanto, havia mais livros que seriam publicados, como Terra Gaúcha e Casos de Romualdo – este fora publicado em formato de folhetim até então.
Como artista das palavras teve muito mais sucesso. Porém, esse reconhecimento veio apenas após a sua morte: em Pelotas, no dia 14 de junho de 1916, aos 51 anos, em razão de uma úlcera perfurada. Atualmente, 96 anos depois, João Simões Lopes Neto ainda é lembrado, lido e admirado. É considerado o maior escritor regionalista do RS e deixou uma rica herança a todos: o seu talento registrado em palavras.
João Simões Lopes Neto (1865-1916) |
Texto: Pedro Henrique Costa Krüger
Fonte utilizada: pelotas.ufpel.edu.br/simoeslopes
Foto: www.paginadogaucho.com.br