A carreira jornalística de João Simões Lopes Neto iniciou cedo, aos 23 anos, e o acompanhou pela vida toda. Nos jornais pelotenses foi redator (colaborador ou profissional), editor, diretor, publicitário e autor literário. Seus textos ora versavam sobre temas cotidianos da época, abordados em artigos ou reportagens, ora eram construídos seguindo diversos gêneros literários, como crônica, poesia, narrativa ou folhetim. Trabalhou nos principais jornais da cidade – A Pátria, Diário Popular, Correio Mercantil e A Opinião Pública – e foi colaborador de outras publicações. Usou variados pseudônimos, de acordo com o estilo dos textos — João Rifraco, Riforte, Rimuito, nos jocosos; Serafim Bemol, em ficção e João Simões para assuntos mais sérios. Em 1915, assumiu a direção do Correio Mercantil e passou a responder pelo projeto gráfico e editorial do veículo. Promoveu tiragens especiais e destacou notas comerciais, políticas e esportivas. Criou ainda a seção Artes e Letras, aos sábados, e a editoria Diárias, inspirado na coluna Várias, do Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro.