Instituto João Simões Lopes Neto
O educador

O educador

João Simões Lopes Neto, “criador do moderno regionalismo sul-riograndense”, segundo Otto Maria Carpeaux, foi ao mesmo tempo nacionalista militante. É bastante significativa, a esse respeito, sua participação, em 1903, no movimento em favor da fundação do “Tiro Brasileiro de Pelotas”, entidade precursora do Tiro de Guerra n. 31, nascida dentro da União Gaúcha, uma sociedade nativista. Posteriormente, em 1904, ele pronunciara, na Bibliotheca Pública Pelotense, a sua conferência sobre “Educação Cívica”, repetindo-a em 1906, como modificações, no mesmo estabelecimento de sua cidade e ainda em Porto Alegre, Bagé, São Gabriel, Santa Maria e Rio Grande. Com estas atividades, cujos arroubos patrióticos desaguavam não raro na exaltação ufanista, o Capitão João Simões antecipou em mais de dez anos, dentro do Rio Grande do Sul, a campanha cívica empreendida em 1916 por Olavo Bilac, já então em âmbito nacional.

João Simões Lopes Neto. Educação Cívica. Conferência realizada na Bibliotheca Pública de Pelotas e repetida em outras cidades. Patrocinada pelas Sociedades União Gaúcha de Pelotas, Centro Gaúcho de Bagé e Grêmio Gaúcho de Porto Alegre. Pelotas, 1906. Acervo Fausto J. L. Domingues.

Coleção Brasiliana

Série de cartões-postais com imagens de aspectos importantes da vida nacional. Didática e cívica, destinada principalmente aos jovens, tinha o objetivo de destacar a cultura gaúcha e brasileira. O autor planejava divulgar 12 séries de 25 cartões ilustrados, que comporiam uma coleção com 300 figuras. No entanto, saíram duas séries com 25 cartões postais cada. Em 2006, o Instituto João Simões Lopes Neto lançou a terceira edição da Coleção Brasiliana de Vulgarização dos Fatos Nacionais, em comemoração ao centenário da publicação dos cartões. (FJLD)

Coleção Brasiliana. Série 1, 1906. Acervo Instituto João Simões Lopes Neto.
Coleção Brasiliana. Série 2, 1906. Acervo Fausto J. L. Domingues.
Painel Farroupilha – elaborado por João Simões Lopes Neto na oportunidade da ereção, em 1909, na cidade de Rio Grande, do monumento que guardaria os restos mortais do general Bento Gonçalves da Silva. Gráfica Chapon, Pelotas. Acervo Fausto J. L. Domingues.