A casa que abriga o hoje Instituto João Simões Lopes Neto foi construída no ano de 1871, e por dez anos (1897 à 1907) serviu de morada ao escritor pelotense. Somente no ano de 2000 que foi adquirida pelos simoneanos, tornando-se bem cultural da cidade de Pelotas e integrando o Patrimônio Cultural do Estado do RS, através de um projeto de lei de autoria do deputado Estadual Bernardo de Souza. A restauração do prédio se deu em etapas, o Instituto instalou-se definitivamente na casa no ano de 2006.
Casa que abriga o Instituto |
A casa tem seu interior revestido de “escaiolas” que vem do italiano “scaglia”, significando lasca de mármore. Embora seja uma cópia do mármore original os acabamentos são coloridos e lustrados assim como o real, imitando a pedra. A escaiola é durável, pouco utilizável e foi muito requisitada para construções luxuosas no século XIX até meados do século XX. Estas se encontravam em péssimo estado de conservação, pois foram cobertas com muitas camadas de tintas.
Escaiola restaurada |
O estado das escaiolas estava muito ruim, encontravam-se danificadas, e a urgência para o restauro era enorme, pois o prédio estava abandonado há alguns anos e sofria com a invasão de animais, vândalos e ainda tinha infiltrações devido à falta de telhado em certas partes da residência.
Restauro manual |
Devido a tanta precariedade a casa recebeu um cuidado maior na hora da execução do seu restauro passando por testes e ensaios com uma solução de HCL (ácido clorídrico) para ver se os aglomerados eram basicamente tinta cal. Após os testes as paredes foram submetidas a vários processos de remoção da tinta até chegar ao resultado final. A restauração não causou nem um defeito ou dano na original e seguindo aos requisitos da área de conservação e restauro.
Texto: Cristina Trápaga 19/06/2012