Na última quinta-feira, dia 8, o Instituto João Simões Lopes Neto foi palco para mais uma palestra do ciclo que celebra o centenário da obra Lendas do Sul. O professor e crítico literário Flávio Loureiro Chaves esteve abordando aspectos da lenda A Salamanca do Jarau.
Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo, Flávio Loureiro Chaves foi professor titular de Literatura Brasileira e Pró-Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, Loureiro Chaves ocupa a cadeira 7 da Academia Riograndense de Letras e possui diversos livros publicados, entre eles um ensaio sobre a obra de Simões Lopes. (veja mais sobre biografia do palestrante aqui)
Na análise de Loureiro Chaves, no texto de A Salamanca do Jarau Simões Lopes foi além de registrar a sua versão para lenda, mas se apropriou desta para incluí-la na sua estrutura narrativa. O personagem narrador, Blau Nunes acaba sendo protagonista no conto. Conforme avaliou nosso palestrante, Blau percorre uma dupla viajem dentro do conto, “uma é a busca do Boi Barroso e a outra a busca dele mesmo”.
Ainda segundo Loureiro Chaves, ao usar a metáfora da furna, Simões Lopes está refundando o Mito da caverna, que tem origem com filósofo grego Platão. Neste mito há o exemplo de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade.
Amigo pessoal e grande estudioso da obra de Erico Verissimo, Loureiro Chaves não deixou de citar a influência da obra simoneana para este outro grande escritor gaúcho. E terminou sua palestra citando um trecho do escritor e ensaísta Augusto Mayer.
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14.08.2013