No começo do século passado, ao aproximar-se do centenário da cidade de Pelotas, o seu filho mais ilustre – o escritor João Simões Lopes Neto – teve a preocupação de deixar para a posterioridade algo além das efêmeras comemorações festivas. Assim, o autor de Contos Gauchescos se dedicou no projeto que circulou entre outubro de 1911 à maio de 1912, trata-se da Revista do 1º Centenário de Pelotas. A publicação é considerada um marco por ser um dos primeiros registros impressos que aborda a história do município.
Agora que a cidade chega em seu bicentenário um grupo de pesquisadores, com a mesma preocupação que Simões Lopes teve há cem anos atrás, organizou o Almanaque do Bicentenário de Pelotas. O lançamento oficial acontecerá hoje à noite, às 19h, no Instituto João Simões Lopes Neto (IJSLN).
A ideia do Almanaque surgiu com os irmãos Duda e Fernando Keiber, e foi ganhando forma com professor Luis Rubira assumindo a coordenação editorial e com o empenho dos pesquisadores Adão Monquelat, Luis Borges e Guilherme Pinto de Almeida.
Financiado pelo Procultura-RS e patrocinado pela Josapar, o Almanaque é composto por três volumes que resgatam a história da Princesa do Sul de 1812 a 2012. O planejamento cultural do projeto é da Gaia Cultura & Arte.
No 1º Volume, o Almanaque traz na íntegra a Revista do 1º Centenário (que recentemente foi digitalizada), além de contar com artigos e fotos que retratam uma Pelotas anterior ao ano de 1912. Nos volumes 2 e 3, com o trabalho de mais de 30 pesquisadores e historiadores, o foco é período compreendido entre os anos de 1912 até 2012.
O primeiro volume do Almanaque do Bicentenário, que já teve seu pré-lançamento na Feira do Livro de Pelotas, agora será oficialmente lançado em cerimônia no IJSLN. O livro não será disponibilizado a venda, mas poderá ser acessado em bibliotecas e pelo site: almanaquedepelotas.com.br. Os dois próximos volumes serão publicados em 2013.
Texto: Cassio Lilge
Imagens: divulgação
20.11.2012