Valter Sobreiro na Casa do Capitão |
Lançamento de livro e estreia de espetáculo celebram os 50 anos de dramaturgia do diretor Valter Sobreiro Junior. Natural de Rio Grande, Sobreiro possui uma longa e prestigiada carreira dedicada ao teatro. Liderou por anos o Teatro Escola de Pelotas, participou da montagem de inúmeros espetáculos e recebeu diversos prêmios em nível estadual e nacional, como produtor, diretor, dramaturgo, designer de luz, cenógrafo e criador de música para a cena.
Nesta sexta-feira, dia 25, estréia a peça inédita PAI-DE-DEUS, montagem do grupo Entremez de Teatro, e que conta com texto e direção de Valter Sobreiro. Na sequência, haverá o lançamento do livro O que pode o tempo – Maragato e a consagração de Sobreiro, com sessão de autógrafos da autora Helena Zanella Prates. O evento começa a partir das 19h, na Fábrica Cultural (Rua Félix da Cunha, 952, entre Avenida e Argolo). Haverá outras duas sessões da peça no mesmo local, sábado, 26/10, às 19h e 21h.
Sua relação com Simões Lopes
Valter Sobreiro foi um grande difusor do trabalho do escritor pelotense. Utilizando o teatro como plataforma, levou a todo o estado um pouco de João Simões Lopes Neto. Em 1990, promoveu e dirigiu, no Festival de Teatro de Pelotas daquele ano, a primeira leitura dramática da comédia A Viúva Pitorra, escrita por Simões em 1896, sob o pseudônimo de Serafim Bemol. Além disso, montou a comédia A Viúva em forma de musical, entre 1991 e 1992, percorrendo o Rio Grande do Sul com grande sucesso.
Mais tarde, em 1998, estreou o espetáculo Teias de Amor e Morte, adaptação de cinco contos de Simões: Melancia, Coco Verde, O negro Bonifácio, Jogo do Osso, O menininho do presépio e No manantial. Também realizou, nos anos 2000, no IJSLN e no Theatro Sete de Abril, outras duas leituras públicas da comédia A Viúva Pitorra. Em 2001, outro conto simoniano, Duelo de Farrapos, integrou ao espetáculo de Sobreiro “Contos da Guerra Grande”, que estreou na capital gaúcha e teve ampla circulação. Como reconhecimento pela sua contribuição a difusão da obra simoniana, Sobreiro ganhou em 2012 o Prêmio 300 Onças, honraria concedida anualmente pelo Instituto.
Texto: Cassio Lilge e Pedro Henrique Costa Krüger.
Foto: Eduarda Schneider Lemes.
24.10.2013